A
questão ambiental ocupou papel central no palco do Salão do Automóvel,
realizado recentemente em São Paulo. Várias iniciativas
apontaram para um caminho “verde” e carros ecológicos povoaram grande parte dos
estandes das montadoras. Ainda que o Brasil não incentive esse tipo de
iniciativa do ponto de vista fiscal, o desenvolvimento de tecnologias para esse
modelo de carro é uma tendência internacional irreversível.
Um
exemplo disso é o início da produção, em escala comercial, de um carro movido a
hidrogênio, para os Estados Unidos e o Japão, a partir de 2015. Atualmente,
esse tipo de veículo ainda é muito caro, se comparado aos modelos tradicionais,
e enfrenta um problema extra: escassez de locais onde podem ser abastecidos. O
veículo funciona a partir de uma reação química entre hidrogênio e oxigênio,
que gera eletricidade (o que faz o carro andar) e água (que seria o subproduto
lançado na atmosfera).
No Brasil, já existe um projeto de ônibus a
hidrogênio, que, além de não-poluente, também é silencioso. A iniciativa vem
sendo promovida pelo Ministério
de Minas e Energia (MME), em conjunto com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos
de São Paulo (EMTU/SP), o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), o Global Environmental Facility (GEF) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Outra novidade apresentada no Salão
do Automóvel foi o carro de uma montadora francesa produzido com
matéria-prima sustentável, como pedra,
terra e couro de peixes, como pirarucu e salmão. O projeto contou com a
participação da Embraer, mas esta não parece ser a única inspiração brasileira
para o projeto. Entre 1987 e 1994, alunos do ITA já haviam produzido um carro
cuja matéria-prima era a fibra de juta. De acordo com especialistas, a
diminuição do peso do veículo tem impacto na redução do uso de combustível e
por isso, encontrar matérias-primas mais leves é tão importante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário